Pandemia de Coronavírus faz espetáculos cancelarem apresentações

por Vendo Teatro
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Por Zé Lucas Bastos

A situação mundial está grave por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). A regra da Organização Mundial da Saúde (OMS) é para que a população fique em casa o máximo de tempo possível para que o vírus não se espalhe ainda mais. Tal medida preventiva já é causa de cancelamento de vários eventos de artes cênicas ao redor do mundo.

No Recife, não foi diferente. A prefeitura da capital pernambucana cancelou o espetáculo O Boi Voador, programado para o último dia 15, no Centro da cidade. Além disso, em cumprimento à determinação do prefeito Geraldo Júlio, houve também a interrupção, por tempo indeterminado, de todas as atividades dos equipamentos culturais administrados pela gestão municipal.

Já a Sociedade Teatral de Fazenda Nova, responsável pela Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, publicou um comunicado no Instagram oficial divulgando as novas datas para a temporada da Paixão 2020. Agora, o espetáculo no maior teatro ao ar livre do mundo acontecerá entre os dias 2 e 7 de setembro.

Os impactos das determinações afetam diretamente diversos setores do teatro pernambucano. Peças em cartaz, espetáculos com estreias confirmadas, técnicos.

Apenas para citar um exemplo, o Centro Cultural Apolo-Hermilo estava com três peças em cartaz neste mês de março, são elas: Haru – a Primavera do Aprendiz, Ainda Escrevo para Elas e O Sujo Castigo dos Irmãos Karamazov. Além das peças que ainda iriam estrear no mesmo centro nos meses de abril e maio.

Diante desse cenário de isolamento necessário em prol do bem-estar de toda uma nação, infelizmente há o problema de falta de trabalho para os profissionais de teatro e, consequentemente, crise financeira. Sobre isso, o ator José Neto Barbosa, do monólogo A Mulher Monstro, escreveu em seu perfil no Facebook: “(…) Na política pública atual, sem eventos não temos como pagar as contas e sobreviver. (…) Pensemos em alternativas para esses trabalhadores e essas trabalhadoras que estão no risco financeiro diretamente. (…)”.

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