Palhaço, Meia Arrastão e Unicórnio| Crítica de Se Eu Subir, quem me Derruba?

por Vendo Teatro
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Foto: Igor Cysneiros e Zito Jr.

Quando soube que teria a oportunidade de curtir um momento leve e divertido com amigos, fiquei animado para convidá-los para curtir uma nova experiência comigo. Compondo a programação do 31º Janeiro de Grandes Espetáculos, a peça “Se Eu Subir, quem me Derruba?” encantou e fez rir a todos que puderam aproveitar o momento de assistir ao trabalho.

A encenação trata-se de uma comédia que tem personagens bem peculiares e de humor requintado, repleta de piadas rápidas e momentos de humor muito bem elaborados, misturando a performance dos atores, projeções de vídeos das personagens e interação com a plateia. Destacando-se de maneira muito divertida e dinâmica, temos os nossos dois protagonistas, Beto Steremberg e Gabriela Melo. Um interpretando um palhaço e a outra uma mulher vestida de unicórnio, que acabam ficando presos juntos dentro de um elevador. O desenrolar dessa trama se constroi de forma divertida e leve, arrancando gargalhadas do público e até mesmo da equipe de produção.

Com realização da Noz Produz, tem na direção Álcio Lins e Rogério Wanderley, direção musical por conta de Beto Steremberg, dramaturgia de Álcio Lins, produção de Álcio Lins, Rebecca Lima e Rogério Wanderley, direção de arte de Álcio Lins, sonoplastia por Álcio Lins, Beto Steremberg, Gabriela Melo e Rogério Wanderley, sonoplasta e assistente de iluminação, Ruana Toledo, projecionista Rebecca Lima e Ruana Toledo, composições de Álcio Lins, Beto Steremberg, Gabriela Melo e Rogério Wanderley, arranjos de Beto Steremberg, sound designer Doni Judson, designer e operador de luz, Rogério Wanderley, identidade visual e designer, Rebecca Lima, assessoria de imprensa, Rebecca Lima, cenografia de Álcio Lins e Rogério Wanderley, figurino e maquiagem de Álcio Lins, costureiras Francis Souza e Monique Nascimento, diretor de fotografia, Rogério Wanderley e Zito Jr, edição de vídeo, Daniel Gomes, Rebecca Lima e Rogério Wanderley, roteiristas dos comerciais: Álcio Lins, Beto Steremberg, Gabriela Melo, Rogério Wanderley, apoio, Acorde’s Escola de Música e fotos, Igor Cysneiros e Zito Jr.

Na encenação, as personagens vão vivendo as situações mais inusitadas e engraçadas e imagináveis, tocando em questões relacionadas às relações deles mesmos com o mercado de trabalho, frustrações e angústias, questões que tocam nos problemas de conflitos com os amigos e suas relações. É como se o elevador em que eles ficam trancados funcionasse como uma espécie de caixa mágica que os propulsiona a aflorar todo o potencial criativo da dupla.


O trabalho aproveita-se de diversos tipos de interpretações e performances teatrais, como o drama, comédia pastelão e musical, que, diga-se de passagem, foi um dos pontos fortes da encenação. Ambos os atores afinadíssimos e afiadíssimos na interação junto à plateia. A sensação que tive, de fato, foi que aquele elevador ficou pequeno para tantos mundos explorados. Foram diversas dinâmicas e cenas, todas muito bem estruturadas narrativamente, levando os atores a sentirem-se livres para improvisações e diálogos muito surreais e engraçados, aliados a uma iluminação cênica alegre e multicolorida. Não sentimos o tempo passar. O espetáculo encerra-se colocando-nos a refletir sobre questões profundas da vida, mas se joga mesmo é na verdadeira galhofa. Foi muito divertido apreciar a interação entre os atores e a química da dupla.

Os elementos cênicos e os blackouts tinham todos uma razão de ser e estar no enredo. Algumas das cenas mais engraçadas e divertidas foram as dos dois atores cantando e divertindo o público, e ver um palhaço e uma mulher vestida de unicórnio dançando brega funk foi uma das coisas mais hilárias que pude ver na vida. É importante lembrar que esse espetáculo é feito para adultos. Vida próspera e longa, “Se Eu Subir, quem me Derruba?”. Na próxima, quero levar meus amigos para irmos juntos, colocarmos nas cabeças os chapéus de festa e celebrar comendo um pedaço de bolo, ofertado ao público no final da encenação. Foi muito surreal de bom! Evoé.

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Rogério Wanderley
1 mês atrás

Muito obrigado pelo olhar generoso 💚

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