Música, palhaçadas e alegria? Teve sim, senhô! | Crítica de “Dunga in Concert”

por Vendo Teatro
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Foto: Divulgação

“Sorrir é, e sempre será, o melhor remédio”
Chico Anysio

Respeitável público! Era uma tarde de domingo ensolarada quando crianças e adultos chegavam ao Teatro Capiba, no Sesc Casa Amarela, no Recife, para prestigiar o espetáculo circense intitulado “Dunga in Concert”. A apresentação fez parte da programação da 31ª edição do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos.

Em cena, assistimos às trapalhadas de Dunga, personagem interpretado pelo ator, diretor musical e produtor, Davison Wescley, que fica incumbido de preparar o show de um músico internacional, chamado Dunwakga. No entanto, durante a montagem, uma série de imprevistos acontecem, fazendo com que ele tenha que tomar várias decisões e precise deixar tudo pronto para o seu chefe. A trama tem direção e encenação de Alexsandro Silva, direção de movimento de Arnaldo Rodrigues e direção de artes de Max Santos.

No palco, microfone, violão, uma mala misteriosa, uma caixa de som e um tapete redondo compõem os elementos cênicos usados por Dunga, que vão sendo montados para a realização do concerto. Caracterizado com o arquétipo de um palhaço (nariz, maquiagem, roupas coloridas, jeito desengonçado e exagerado) e a partir desses objetos simples, ele cria situações engraçadas e inusitadas. Se inicialmente sua presença surge mais contida e tímida, até de forma proposital, ao longo da apresentação, o ator Davison demonstra jogo de cintura, leveza e descontração. A plateia, por sua vez, enquanto assiste à aventura, vai sendo levada pelo carisma e humor do palhaço.

Ao longo de aproximadamente cinquenta e cinco minutos de espetáculo, Dunga busca a interação da plateia como forma de complementar o seu show. Ele canta e toca algumas músicas, enquanto o público ajuda no coro. Em um determinado momento, essa participação ganha uma projeção maior, quando o palhaço convida algumas pessoas a subir ao palco para compor uma orquestra diferenciada. É um momento divertido, de improviso, que arranca risadas de crianças e adultos.

Por falar na criançada, ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento desse espetáculo. Isso porque, além de ser uma apresentação voltada, sobretudo, para o público infantil, suas interações genuínas e despretensiosas tornam a história ainda mais rica e graciosa. Inclusive, o projeto, desde a sua estreia no ano passado, já circulou por várias escolas e creches da rede municipal do Recife.

Já se aproximando do término do espetáculo, o atrapalhado palhaço começa a desenvolver habilidades que, até então, não possuía. De um mero assistente, ele se torna um habilidoso musicista, incorporando a figura do artista internacional, para o qual estava preparando o show. O primeiro espetáculo concebido por Davison Wescley, Dunga in Concert, além de ser um deleite, sobretudo, para a criançada, sugere uma reflexão para o público sobre explorar nossas habilidades, acreditar na nossa capacidade, superar as dificuldades e, com leveza, dedicação e humor, mostra que é possível realizar um divertido concerto.

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Natalia Souza
1 mês atrás

Dunga In Concert é um espetáculo divertido e envolvente para toda a família.

Nilvana Maria Souza do Rego Barros
1 mês atrás

Talento, capacidade criadora, humor e simpatia completa o In Concert desse divertido ator Davison Wescley.

Rodrigo Nascimento
1 mês atrás

Esse espetáculo é maravilhoso, lindo e extremamente emocionante.

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